Amplitude média do QRS <5mm em DI, DII e DIII; e/ou
QRS de baixa voltagem nas derivações pré-cordiais:
Amplitude média do QRS <10 mm em V1-V6.
Causas
Erro na calibração do ECG
Variante do normal (raro)
Obesidade
Cardiopatia
Neoplasia
Pericardite constritiva
Cardiopatia dilatada
DCI aguda ou crónica, extensa
Derrame pericárdico
Pneumopericárdio
Derrame pleural
Doenças infiltrativas
Amiloidose (sugestivo sobretudo se associado a HVE)
Hemocromatose
Esclerodermia
Pneumomediastino
Hipotiroidismo grave
Anasarca
Hipovolémia
Hipoalbuminémia
Aumento marcado do hematócrito
Insuficiência supra-renal
Rejeição de transplante cardíaco
Pneumotórax esquerdo
DPOC
MCDT
Estudo Padrão
ECG
Ecocardiograma
Outros MCDT, de acordo com suspeita clínica.
Abordagem
Encaminhar para SU se:
Hemodinâmicamente instáveis ou outros sinais/sintomas preocupantes (ex. hipotensão, diminuição da perfusão capilar, dispneia, agravamento de IC ou IC de novo, dor torácica pré-cordial); e/ou
Suspeita de causa aguda grave (ex. EAM, derrame pericárdico, pneumomediastino, anasarca, etc.); e/ou
Nos restantes casos procurar activamente as causas e solicitar MCDT, de acordo com suspeita clínica.
Os QRS de baixa voltagem são raros na população saudável, e parecem acarretar risco CV aumentado. Se nenhuma causa for encontrada após pesquisa exaustiva, e utente assintomático, vigiar sinais e sintomas e repetir MCDT periodicamente. Ponderar referenciar para consulta de Cardiologia se suspeita clínica não puder ser investigada nos cuidados de saúde primários (ex. necessidade de RMN cardíaca por suspeita de doença infiltrativa).