Taquicardia de Reentrada Aurículo-Ventricular

Este tipo de taquicardias ocorrem quando há um, ou vários, circuitos anatomicamente identificáveis e que fazem com que existam duas vias de condução eléctrica: a do NAV-Sistema His-Purkinje, e uma segunda, mediada pela via acessória.

  1. As taquicardias de reentrada AV podem ser, de acordo com o sentido da condução do impulso eléctrico:
  1. Ortodrómicas (mais frequente)
    1. Quando o impulso segue no sentido anterógrado pela via NAV-Sistema His-Purkinje, e no sentido retrógrado pela VA
      • FC geralmente entre os 150 e os 220bpm e
      • Intervalos RP regulares
      • QRS estreitos (excepto se na presença de condução aberrante ou doença do sistema His-Purkinje. Ex. bloqueios de ramo)
      • Por vezes, mas não sempre:
        1. Depressão do segmento ST e/ou
        2. BRD
  2. Antidrómicas:
    1. Quando o impulso segue no sentido anterógrado pela via VA
      • QRS largos (pré-excitação) e
      • Onda P difícil ou impossível de localizar
  1. Em ritmo sinusal, se a via acessória se propagar de maneira antrógrada, pode ser visível uma onda delta (ver WPW).
  1. Existência de vias acessórias:
    1. Feixe de Kent (WPW)
    2. Fibras de James (Lown-Ganong-Levine)
    3. Fibras de Mahaim
  2. Cardiopatias
    1. Anomalia de Ebstein
  1. Estudo Padrão
  2. Ecocardiograma
  3. HOLTER
  1. Embora o risco de morte súbita seja baixo, um doente com história de pré-excitação (ex. WPW) que se apresente com Taquicardia deve ser encaminhado para SU.
  2. Para tratamento crónico destes doentes, quando não estão em episódio agudo de taquicardia supraventricular, ver capítulo WPW.