Embora seja um elemento chave na abordagem terapêutica, o diagnóstico diferencial de Taquicardias de complexos largos pode ser desafiante, e divide-se em:
Taquicardias Ventriculares – 80% dos casos
Taquicardias Supraventriculares com Condução Aberrante (i.e. associadas a bloqueios completos de ramo) – 15% dos casos
Taquicardias Supraventriculares com Via Acessória – 5% dos casos
Em casos particulares, podem ainda corresponder a Taquicardias mediadas por pacemaker, Taquicardias supraventriculares associadas a distúrbios hidroelectrolíticos (ex. hiperK), fármacos (ex. antiarrítmicos) ou drogas.
Abordagem
Até prova em contrário, uma Taquicardia de complexos largos deve ser sempre interpretada como uma taquicardia ventricular.
Encaminhar para SU se:
Doente que se apresenta na consulta com episódioagudo de Taquicardia de complexos largos, avaliar estabilidade hemodinâmica:
Instabilidade hemodinâmica ou sintomas graves associados (ex. hipotensão, sinais de choque, dor torácica, agudização de IC, alteração do estado mental) avançar para cardioversão e encaminhar para o SU.
Se hemodinâmicamente estável, preparar cardioversor-desfibrilhador e encaminhar para o SU.
Se episódio sintomático (ex. pré-síncope, síncope, dor pré-cordial, agudização de IC) de Taquicardia de complexos QRS largos, sustentada ou não sustentada, em HOLTER ou ECG de ambulatório.
Se Taquicardia de complexos QRS largos sustentada (> 30 seg), em HOLTER ou ECG de ambulatório.
Se Taquicardia de complexos QRS largos não sustentada, num doente assintomático ou com sintomas ligeiros (ex. palpitações), em HOLTER ou ECG de ambulatório, agir de acordo com o capítulo TVNS.