Síndrome de Brugada

Figura – Brugada

Doença cardíaca hereditária associada a taquicardia ventricular polimórfica e fibrilhação ventricular e, por isso, com risco de morte súbita. O diagnóstico é feito pela presença de um padrão eletrocardiográfico característico nas derivações V1 ou V2, com os respectivos eléctrodos posicionados no 2º, 3º ou 4º espaços intercostais:

  1. Elevação do ponto J ≥2mm e:
    1. Segmento ST gradualmente descendente, com convexidade superior, (“coved type”) e inversão da onda T – padrão Brugada Tipo 1ou
    2. Supradesnivelamento do segmento ST ≥0.5mm com concavidade superior (“saddle-back type”) e onda T positiva ou bifásica – padrão Brugada Tipo 2.

 

Apenas o padrão de Brugada tipo 1, espontâneo ou induzido por fármacos ou febre, é diagnóstico. O padrão tipo 2 levanta a suspeita mas não é diagnóstico e deve ser esclarecido com um teste farmacológico com flecainida ou ajmalina.

Ver abordagem

Ver abordagem

  1. Doente com padrão de Brugada na tira de ritmo, e história de síncope recente, deve ser encaminhado para o SU.
  2. Padrão de Brugada tipo 1 ou 2 assintomáticos devem ser encaminhados para consulta de Cardiologia.
  3. Evicção de fármacos/substâncias que aumentam o risco de disritmia ventricular – canabis, álcool, cocaína, refeições copiosas – (consultar https://www.brugadadrugs.org/ para uma lista completa, fornecer link ao doente).
  4. Recomenda-se toma de anti-piréticos fixos em qualquer situação que possa desencadear febre, para evitar picos febris.
  5. Encaminhar familiares de primeiro grau para consulta de Cardiologia.